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Arquitetos: Studio Link-Arc
- Área: 1176 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Qingshan Wu
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este centro cultural está localizado no extremo sul da nova cidade de Nanjing, China, onde três rios se cruzam para criar um relevo conhecido como “The Fish Mouth” devido à sua forma única. A área ao redor da sua inserção é um novo bairro urbano que se tornará o distrito financeiro de Nanjing. Nesse contexto, o centro cultural é dedicado à exibição de peças de arte únicas e novas opções de atividades. O projeto unifica arquitetura e paisagem para criar um novo espaço público – uma “sala de estar” para a cidade – que projetará uma presença icônica e se tornará um marco para a região.
O conceito do projeto se origina de uma série de paredes dobráveis sinuosas que são retorcidas em noventa graus para combinar “parede” e “piso” em um único gesto. Este processo gera ricas experiências espaciais, conecta interior e exterior e transforma o volume em uma forma unificada e completa. Perambular por entre esses espaços significa compartilhar uma conexão espiritual com a experiência nos tradicionais jardins orientais. Ao aplicar um número controlado de geometrias sinuosas e uma estratégia de circulação claramente definida, a edificação pode ser entendida como uma sequência contemplativa de espaços conectados. A estratégia de afastar o volume da rua cria um contraste composicional com o contexto urbano denso e vertical. O projeto maximiza esta distinção, implementando um generoso espelho d'água na frente, estabelecendo um ambiente sereno para a edificação e conferindo à entrada uma identidade reconhecível. Atrás do volume, um jardim luxuriante proporciona um descanso contra o burburinho da vida urbana.
O pátio ajardinado está localizado no lado norte do centro cultural, no qual os visitantes podem desfrutar de um ambiente refinado que integra a paisagem local com um jardim seco japonês. Os usuários também podem acessar o estúdio no segundo nível através da escada central e atravessar uma ponte coberta até a parte leste do volume, onde as cenas urbanas do rio Qinhuai se desenrolam.
A pele exterior da edificação é feita de aço inoxidável de 3 mm de espessura, trazendo uma sensação futurista à comunidade urbana circundante. A pele exterior é revestida com painéis de aço inoxidável, enquanto as superfícies interiores são feitas em madeira. Forma, espaço e luz aumentam a perceptiva e a experiência conceitual do interior.
A vocação vertical do centro cultural permite muitas zonas espaciais únicas enraizadas no conceito de projeto e vistas em três momentos diferentes. A primeira zona espacial encontra expressão na galeria de altura dupla criada na intersecção de múltiplas “fitas” lineares, com uma claraboia que inunda o espaço de luz natural. A segunda zona espacial é uma longa área em rampa que permite uma transição vertical suave para as zonas VIP do terceiro nível. Ao lado da rampa, a parede linear curva cria uma experiência interior atraente que reforça o conceito de projeto.
A principal escada pública do volume é criada ao transformar uma parede interior em uma superfície horizontal, gerando um ambiente de madeira curvada único. O corpo principal da edificação é composto por uma estrutura de aço e um sistema de cisalhamento. Após remodelar a parede invertida o arquiteto extraiu uma série de linhas fractais e, em seguida, gerou treliças de aço em forma de leque. Estas treliças não só sustentam a carga de toda a edificação e possibilitam espaços livres de pilares nas áreas principais, mas também sustentam a força da estrutura secundária da parede cortina. Com base nos cálculos, a parede dobrada não apenas atinge uma espessura fina, mas também carrega importantes funções espaciais em ambos os lados do hiperbolóide. O volume como um todo é contido e único, e sua forma alongada registra a passagem do tempo ao longo do rio Qinhuai, como um navio prestes a zarpar, refletindo a bela vida que sinaliza o futuro de Nanjing.
